Expandindo compreensões de design e mundo artificial com base em Hannah Arendt e Hans Jonas

Marli Teresinha Everling, Roberto saraiva Kahlmeyer Mertens

Resumo


Este texto é continuidade do artigo“A manifestação de ‘mundo artificial’ em Hannah Arendt e no campo do design” e visa relacionar odesigne o artificial com base em Arendt e noPrincípio Responsabilidade, de Jonas. O procedimento é bibliográfico e, além dos referidos autores da filosofia, recorreu-se também a Beckert; também são usadas obras de cultura e ecologia de autoria de Newton, Bohannan e Kovel. Do campo do design foram consultados escritos de Archer, Simon, Rittel e Webber, Papanek, Cross, Gomes, Margolin, Fry e da Organização Mundial do Design (WDO). O resultado foi orientado para a expansão de compreensões de “mundo artificial” quando associado aodesign, considerando discussões atuais do campo, tendo em vista ocontexto de crise ecológica e o pensamento de Jonas e Arendt.


Palavras-chave


Design, Mundo artificial, Crise ecológica, Hannah Arendt, Hans Jonas.

Texto completo:

PDF

Referências


ARCHER, B. Time for a revolution in art and design education. RCA Papers, n. 6, p. 1-9, 1978.

ARENDT, H. A condição humana. São Paulo: Forense,2020. 468 p. Versão Kindle.

BECKERT, C.Ética. Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, 2012. 174 p.

BOHANNAN, P. How culture works. New York: Free Press, 1995. 318 p.Versão Kindle.

BUCHANAN, R. Wicked problems in design thinking. Design Issues,v. 8, p. 5-21,1992.

CROSS, N. Desenhante: pensador do desenho. Organizado e traduzido por Lígia Medeiros.Santa Maria:sCHDs, 2004. 164 p.

CROSS, N. Designerlywaysofknowing. Design Studies, v. 3, n. 4, p. 221-227, 1982.

EVERLING, M. T. Design e relações de uso à luz de A condição humana, de Hannah Arendt. In: Kahlmeyer-Mertens, R. S. et al. (Org.). STVDIVM–Anuário do Grupo de Pesquisa Fenomenologia, Hermenêutica e Metafísica. v. 4. 2021. p. 331-354.

EVERLING, M. T. Design, mundo artificial, relações de uso, princípio responsabilidade e crise ecológica. In: CASTANHEIRA, N.P.et al. (Org.).Questões ecológicas em perspectiva interdisciplinar. Porto Alegre: Editora Fundação Fênix, 2023. v. 3. p. 47-66.

EVERLING, M. T. Do design e de uma ética coerente à vida, um ensaio com Hans Jonas.Aoristo– International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics, v. 5, n. 2, p. 210-227, 2022.

EVERLING, M. T.; CASTANHEIRA, N. P. Da condição humana e do princípio responsabilidade ao design orientado para condições de preservação de vida na Terra. In: CASTANHEIRA, N. P. Questões ecológicas em perspectiva interdisciplinar. V. 2. Porto Alegre: Editora Fundação Fênix, 2022a. p. 95-110.

EVERLING, M. T.; CASTANHEIRA, N. P. Reflexões sobre cultura, design e reificação em condições de crise ecológica – Um diálogo com Hannah Arendt. In: CASTANHEIRA, N. P.et al. (Org.). Quem sou eu para julgar? Diálogos com Hannah Arendt. V. 2. Porto Alegre: Editora Fundação Fênix, 2022b. p. 91-112.

EVERLING, M. T.; KAHLMEYER-MERTENS, R.A manifestação de “mundo artificial” em Hannah Arendt e no campo do design. Estudos em Design,v. 31, n. 2, p. 6-21, 2023a.

EVERLING, M. T.; KAHLMEYER-MERTENS, R. Design, educação ambiental e ser-no-mundo: elementos para uma hermenêutica da complexidade e da sustentabilidade. Revista Confluências Culturais–Dossiê Nossa Vida, Nosso Planeta, Nossa Saúde, v. 11, n. 2, p. 58-71, 2022.

EVERLING, M. T.; KAHLMEYER-MERTENS, R. De uma fenomenologia do design: uma investigação sobre o fundamento das relações de uso face ao propósito de manutenção da vida. Mix Sustentável,v. 9, n.3, p. 201-202, 2023b.

EVERLING, M. T., WESTPHAL, E. R. Design, crise ecológica e condições de preservação de vida na Terra. Mix Sustentável,v. 9, n. 5, p. 141-154,out. 2023.

FRY, T. Defuturing–a new design philosophy. London: Bloomsbury, 2020. 247 p. Versão Kindle.

GOMES, l. V. G. N. Desenhismo. Santa Maria: UFSM, 1996. 120 p.

JONAS, H. O princípio responsabilidade– ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006. 406 p. Versão Kindle.

KOVEL, J. The enemy ofnature: the endofcapitalismortheendofthe world? London: ZeedBooks, 2002. 347 p.

MARGOLIN, V. A política do artificial. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2014. 335 p.

NEWTON, D. Cultura material e história cultural. In: RIBEIRO, D. (ed.) et al. Suma etnológica brasileira. Edição atualizada do Handbook of South American Indians.2 ed. Petrópolis: Vozes/Finep, 1987. p. 15-25.

PAPANEK, V. Design for the real world –humanecologyand social change. Chicago: The Universityof Chicago Press, 1971. 394 p.

PAPANEK, V.The green imperative– ecologyandethics in design andarchitecture. London: Thames and Hudson, 1995. 256 p.

RITTEL, H.; WEBBER, M. Dilemmas in a general theory of planning. Policy Sciences, v. 4, n. 2, p. 155-169,jun. 1973.

SIMON, H. The science ofthe artificial. Cambridge: MITPress, 1996.241 p.

WDO –WORLD DESIGN ORGANIZATION. Disponível em: https://wdo.org/about/definition/. Acesso em: 22 dez. 2023.




DOI: https://doi.org/10.35522/eed.v32i2.1973

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2024 Marli Teresinha Everling, Roberto saraiva Kahlmeyer Mertens

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição - NãoComercial 4.0 Internacional.

Revista Estudos em Design, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, ISSN Impresso: 0104-4249, ISSN Eletrônico: 1983-196X

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.