Design é coisa de veado: estratégias para o desenho de uma plataforma digital para memórias sexo e gênero dissidentes

Guilherme Altmayer, Leno Veras

Resumo


sobre arquivo com Achiles Mbembe e Jack Halberstam, no presente texto objetivamos analisar o papel do design como meio que dá forma a discursos, questionando epistemologicamente suas estruturas normativas e alertando para as responsabilidades éticas imbricadas no planejamento e execução de uma plataforma digital para salvaguarda de múltiplas narrativas de corpos e manifestações estético-políticas bixas, sapas, lésbicas, trans e travestis: tropicuir.org. Um percurso transdisciplinar que investiga possibilidades de uma queerização, ou estranhamento do Design para dar a ver algumas implicações políticas e responsabilidades éticas do campo, ao mesmo tempo que articula meios para configuração de espaços livres de censura e ferramentas para auto representação como estratégias de sobrevivência de muitas memórias transviadas sistematicamente apagadas.


Palavras-chave


design político, gênero e sexualidade, políticas de memória

Texto completo:

PDF

Referências


ANZALDÚA, Gloria. Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do terceiro mundo. Revista Estudos Feministas, v. 8, n.1, p. 229-236, 2000.

BENTO, Berenice. Queer o quê? Ativismo e estudos transviados. Entrevista. Revista Cult, ed. 193, agosto 2014

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2003. 238 p.

CARDOSO, Rafael. Design para um mundo complexo. São Paulo: Ubu Editora, 2016. 264 p.

CASTELLS, Manuel. Communication Power. Oxford: Oxford University Press, 2009. 571 p.

DERRIDA, Jacques. Mal de Arquivo: uma impressão freudiana. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001. 133 p.

ERNST, Wolfgang. Radically De-historicising the archive: Decolonising archival memory from the supremacy of historical discourse. IN: Decolonising the Archives. Madrid: L’Internationale Online, 2016. p 9-16.

FOUCAULT, Michel. A Arqueologia do Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008. 236 p.

FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade vol 1 - A vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1998. 176 p.

FORTY, Adrian. Objetos de desejo. São Paulo: Cosac & Naify, 2007. 352 p.

HALBERSTAM, Jack. In a Queer Time and Place: Transgender Bodies, Subcultural Lives. Nova Iorque: New York University Press, 2005. 247 p.

HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, n. 5, p. 7-41, 1 jan. 1995.

LOURO, Guacira Lopes. Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e a teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. 96 p.

MBEMBE, Achille. The Power of the Archive and its Limits. IN: HAMILTON, Carolyn, HARRIS, Verne, PICKOVER, Michele, REID, Graeme, SALEH, Razia, Taylor, J. (Eds.) Refiguring the archive. Dordrecht: Springer, 2002. 368p. p. 19-26

MCLUHAN, Marshall; LAPHAM Lewis. Understanding Media - The Extensions of Man. Boston: MIT Press, 1994. 398 p.

PORTINARI, Denise. Queerizar o Design. Revista Arcos Design, Rio de Janeiro, Edição especial Seminário Design.Com, v.10, n.1, p. 1-19, Outubro 2017

PRECIADO, Paul B. Manifesto Contrassexual. São Paulo: N-1 Editora, 2015. 224 p.




DOI: https://doi.org/10.35522/eed.v29i3.1276

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2021 Guilherme Altmayer, Leno Veras

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição - NãoComercial 4.0 Internacional.

Revista Estudos em Design, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, ISSN Impresso: 0104-4249, ISSN Eletrônico: 1983-196X

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.