Espaços de formação e circuitos profissionais no design por meio das trajetórias de Irene Ruchti e Fayga Ostrower

Ana Julia Melo Almeida, Maria Cecilia Loschiavo dos Santos

Resumo


A partir das atuações de Irene Ruchti e Fayga Ostrower, abordaremos a produção das artistas no campo do design durante as décadas de 1950 e 1960, por meio das relações que elas estabeleceram ao longo de suas carreiras nos espaços de formação e nos circuitos profissionais. Duas instituições foram centrais para a elaboração do pensamento e da atividade de design, o MASP, onde Irene foi aluna da Escola de Desenho Industrial, e o MAM Rio, em que Fayga atuou como docente no curso de Composição. O intuito deste artigo é considerar suas trajetórias em paralelo para investigar as condições sociais que possibilitaram a essas mulheres artistas os acessos aos espaços de trabalho e às práticas de design. Portanto, recortaremos nossa análise para uma fração da produção dessas artistas mais próxima ao design, que depois se concentrará na arte e na arquitetura.


Palavras-chave


História do design brasileiro, Mulheres e design, Estudos feministas, Espaços de formação, Circuitos profissionais.

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DOI: https://doi.org/10.35522/eed.v29i2.1211

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Revista Estudos em Design, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, ISSN Impresso: 0104-4249, ISSN Eletrônico: 1983-196X

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